Água no jardim - Fontes e espelhos d'água garantem o frescor no jardim
Ela refresca o entorno, umidifica o ar e, quando circula, produz um som relaxante. Portanto, melhora o ambiente e agrada aos sentidos. A água também é considerada pelos paisagistas um dos itens indispensáveis para deixar a área externa mais interessante. Sempre que o espaço permite, os profissionais recorrem a fontes e espelhos, como nestas quatro propostas inspiradoras.
Um pote de cerâmica, que se enche de água e transborda dentro do tanque, é a atração da fonte criada pela paisagista Helena de Azevedo Freitas. O vaso vietnamita (80 cm de altura), comprado pelos moradores em uma viagem, tem uma perfuração na lateral, pela qual entra a água. Uma bomba submersa faz o líquido correr continuamente. Como precaução extra, Helena sugere colocar uma colher de chá de água sanitária na fonte a cada 15 dias.
O muro é coberto de arenito com assentamento canjiquinha. A mesma pedra reveste a borda do tanque. Por dentro, o espelho-d’água recebeu pastilhas cerâmicas (Espaço Brennand). Entre as espécies, destacam-se o bambu-mossô (Phyllostachys pubescens, 1), o falso-íris (Iris neomarica, 2), o cróton (Codiaeum variegatum, 3) e a palmeira-fênix (Phoenix roebelinii, 4).
Este espelho-d’água lembra um rio rasinho, com o fundo forrado de pedras. Depois de cair da bica de bambu, o líquido corre por debaixo da escada de madeira que conduz à porta. Na foto maior, note que a bica de bambu se mistura às plantas. O camarão-vermelho (Justicia brandegeana, 3) atrai a atenção. Para ficar submersa, a luminária é blindada.
Como o ruído da bomba poderia encobrir o murmúrio da fonte, o paisagista mandou instalar o motor no meio do jardim, a 4 m de distância. Espécies tropicais plantadas ao redor se beneficiam da proximidade com a água. Note a exuberância da medinila (Medinilla magnifica, 2).
Feito de concreto, o tanque de 40 cm de profundidade recebeu um impermeabilizante apropriado ao material e o revestimento de seixos rolados. O paisagismo privilegiou espécies que crescem bem em áreas úmidas, como a forração de hera-roxa (Hemigraphis colorata,1).
Três bicas de metal saem do painel de cumaru e jorram continuamente, produzindo som e movimento. Ao chegar ao tanque, a água desenha círculos em meio à forração de musgo aquático. Ninféias-azuis (Nymphaea caerulea) e amarelas (Nymphaea mexicana) também flutuam e enfeitam a superfície. A vegetação ajuda a ocultar a bomba, mergulhada no tanque – que foi pintado internamente de verde para ganhar o aspecto de lago. Periodicamente, o espelho-d’água é esvaziado e limpo e, depois, recebe um larvicida para evitar parasitas. Na construção, o tanque (2,50 m x 60 cm, profundidade de 45 cm) foi impermeabilizado com Vedacit (Otto Baumgart). Painel de cumaru (2,50 x 1,50 m) feito pela Expert Marcenaria.
Para o paisagista Gilberto Elkis, a água é um dos elementos essenciais para tornar o visual do jardim atraente. Neste projeto, ele mandou escavar um espelho-d’água de 4,80 x 1,20 m (profundidade de 50 cm), revestido por dentro de pastilhas de vidro verde-escuras. O líquido do tanque, sugado por uma bomba, retorna por meio de uma bica de cobre, camuflada na cerca viva de murta (Murraya paniculata). Esse fluxo ininterrupto, além de gerar um barulho agradável, oxigena a água, papel também desempenhado pelas mudas de aguapé (Eichornia crassipes). Na escada de madeira de demolição (Jacaré do Brasil), o paisagista dispôs vasos com minifícus (Fícus benjamina). A palmeira é um tipo de palmito (Euterpe edulis). Pedriscos cobrem o piso. À esquerda da bica, ânfora de concreto pintado (Hernani Arte e Concreto). Tijolos da Olaria do Tuca.
Fonte: Casa.com.br