Jardins limítrofes
Eles medem até 30 m². Mesmo não estando em áreas grandiosas, oferecem espaço para receber os amigos e para preencher com plantas. A seguir, cinco jardins que são pequenos oásis verdes para os seus moradores.
Muros verdejantes
A piscina ocupa quase todo o quintal desta casa no Morumbi, em São Paulo, mas a moradora fazia questão de ter muitas plantas. Para não atrapalhar a circulação, o paisagista Silvio Sanchez, da Grama e Flor, optou pela ocupação vertical. Os muros foram tomados por trepadeiras de crescimento rápido, tutoradas por mãos-francesas. “A falsa-vinha reveste toda a área e tem a função de unir as trepadeiras, formando o colchão verde no fundo”, explica Silvio. Na parede lateral, uma treliça de ferro organiza a coleção de orquídeas da moradora. Logo abaixo, nas jardineiras de aço, capuchinha, pimentas, alecrim e hortelã formam uma pequena horta. Próximo à entrada da sala, uma instalação com samambaia, lanterna-chinesa e columeia prolonga o jardim.
Horta elevada
A moradora desta casa geminada em Cotia, na Grande São Paulo, desejava ter uma horta, mas não queria perder muito espaço do quintal. Além da metragem reduzida, a presença dos cachorros era outro impedimento. “Propus uma horta elevada, com 75 cm de altura e 33 cm de profundidade. Assim, o espaço ficou livre para as crianças brincarem e as espécies ficam protegidas dos cachorros”, conta a paisagista Gisela Pedroso. A estrutura em forma de “U”, feita de alvenaria e revestida de cumaru, abriga alface, almeirão, couve, salsinha, alecrim, cebolinha, manjericão, boldo e hortelã. No fundo, um espelho d’água refresca o espaço, que foi coberto com vidro para ficar protegido das chuvas.
Jardim na lateral
Por estar próximo à churrasqueira, o espaço lateral desta casa na Vila Mariana, em São Paulo, era bastante utilizado pelos moradores, mas faltava charme ao local. Para quebrar a linearidade da parede, a arquiteta paisagista Greice Peralta, em parceria com o Shopping Garden, criou uma sequência de jardineiras de alvenaria em diferentes alturas e profundidades que vão de encontro a uma pérgola. Nelas, a arquiteta plantou espécies tropicais, que resistem bem aos ventos e ao sol constante na área. Para dar privacidade, orquídeas-bambu foram plantadas na fachada. Na outra extremidade, Greice projetou um jardim vertical.
Escalada na cobertura
As arquitetas paisagistas Leslie Mardegan e Juliana Kallas, da K+M Arquitetura Paisagística, aproveitaram o formato irregular da cobertura no apartamento do Alto da Lapa, em São Paulo, e criaram um agrupamento de jardineiras de alvenaria, com 60 cm de altura. “Os moradores não queriam mexer na impermeabilização do piso. Como precisávamos de altura para plantar, optamos pelas jardineiras suspensas com acabamento em fulget”, diz Leslie. Nelas se misturam espécies com flores brancas, como a moradora desejava. Ainda sobrou espaço para um espelho d’água no meio delas.
Entrada renovada
O espaço junto à entrada desta casa no Itaim Bibi, em São Paulo, era praticamente inútil antes da intervenção das arquitetas paisagistas Heloísa Caparica e Fabíola Lieberg, da Cali Paisagismo. “Os moradores pediram ali uma extensão do living, mas também queriam a presença de plantas tropicais”, diz Heloísa. Para contemplar as duas solicitações, elas optaram por um piso de cimento queimado, com ladrilho hidráulico no centro e lajotas de barro nas bordas. Ao redor, criaram um canteiro em forma de “L”. De um lado, colocaram a estrutura de cruzetas com banco e vasos para duas dracenas. Do outro, ciclantos e bambus, com barba-de-serpente de forração.
Fonte: Revista Casa e Jardim | http://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/Jardim-vertical/noticia/2013/05/jardins-limitrofes.html